terça-feira, 21 de julho de 2015

Moluscos

Moluscos:



Esses animais apresentam uma cavidade corporal interna do tipo celoma.

  • Organização corporal:
São triblásticos e celomados, apresentam simetria bilateral e cefalização. O corpo mole e não segmentados abriga um tubo digestório completo. Apesar da enorme diversidade, os moluscos apresentam uma organização corporal que compartilha muitas características comuns. O corpo da maioria dos moluscos é dividido em três partes fundamentais:
  1. Cabeça: abriga o encéfalo e os principais órgãos sensoriais, como olhos e tentáculos;
  2. Pé: musculoso e adaptado à locomoção , pode modificar-se em tentáculos, em algumas espécies;
  3. Massa visceral: que abriga órgãos corporais, como o estômago, o coração e os órgãos reprodutores e excretores.

  • Manto e concha:
Recobrindo a massa visceral na região dorsal do molusco, encontra-se o manto, o tecido que produz a concha, esta que serve de proteção contra predadores e também contra a desidratação, no caso dos moluscos terrestres. A concha apresenta várias camadas: a mais externa é constituída por uma proteína. Internamente há duas camadas calcárias, formadas pela  deposição de carbonato de cálcio: uma delas com textura porosa e a outra, denominada camada nacarada, apresenta textura sedosa e brilho perolado. A camada proteica externa impede que as camadas calcárias se dissolvam em consequência do contato com a água do mar, levemente ácida.
Em alguns moluscos, como nas lulas, a concha é interna e formada por um material semelhante à cartilagem. Nesse caso, ela não serve como proteção, mas colabora na manutenção do formato hidrodinâmico desses animais. Em outros, como os polvos e as lesmas, não há concha.

  • Nutrição e sistema digestório:
Os moluscos podem ser herbívoros, predadores e filtradores, isto é, que filtram partículas nutritivas em suspensão na água.
Nos herbívoros e predadores, a boca apresenta uma estrutura típica chamada rádula, órgão musculoso com aspecto de lixa, pois é recoberto por uma camada rígidos dentes microscópicos. A rádula é usada na raspagem de superfície do substrato, retirando alimentos- algas, por exemplo. O alimento ingerido é envolvido por muco e conduzido as estômago.
Moluscos filtradores, como os mexilhões, não possuem rádula: as partículas de alimento em suspensão na água são retidas nas brânquias e conduzidas à boca.

  • Respiração e circulação:
Têm sistema circulatório aberto, isto é, o sangue que circula pelo corpo do animal nem sempre está contido em vasos, mas flui também por cavidades corporais, antes de ser recolhido por outros vasos. A exceção é o grupo dos cefalópodes (lulas, polvos, sibas), que possuem o sistema circulatório fechado, isto é, o sangue circula sempre dentro dos vasos.
Nos moluscos aquáticos, as trocas gasosas ocorrem através de brânquias. Em muitas vezes as trocas ocorrem através da superfície do manto ou da epiderme. Nos moluscos exclusivamente terrestres, há um tipo de pulmão, uma cavidade do manto ricamente vascularizada.

  • Excreção:
Na maioria dos moluscos, a eliminação de resíduos metabólicos ocorre por um ou mais pares de rins, denominados metanefrídeos. Os fluidos corporais passam do celoma para o interior do metanefrídeo, substâncias úteis são reabsorvidas, e os resíduos, que contêm, sobretudo, amônia ou ácido úrico, são eliminados pelo poro excretor.

  • Sistemas excretor e sensorial:
O sistema nervoso dos moluscos é constituído por um conjunto de gânglios nervosos na região da cabeça, ligados a cordões nervosos longitudinais ventrais, interligados por nervos transversais.

  • Locomoção:
O pé dos caracóis é bastante musculoso. Ele promove o deslocamento do animal mediante ondas de contração, facilitado pela secreção de um rastro mucoso lubrificante.
Em muitas ostras, o pé achatado é usado na escavação ou ancoragem. Outros, no entanto, são capazes de deslocar-se na água por propulsão a jato, provocada por repetidos movimentos de abertura e fechamento da concha.
As lulas são excelentes nadadoras, a cavidade do manto enche-se de água, que é expelida em movimentos rápidos, provocando um efeito de propulsão a jato.
Em geral, deslocam-se utilizando seus longos tentáculos para rastejar sobre o fundo do mar.

  • Reprodução e desenvolvimento:
Podem ser hermafroditas ou apresentar sexos separados. A fecundação pode ser externa, ou interna. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, com um estágio larval livre-natante e ciliado.

  • Classificação dos moluscos:
Reconhece-se sete classes com espécies viventes: Gastropoda, Bivalvia, Saphopoda, Aplacophora, Cephalopoda, Monoplacophora e Polyplacophora.
  1. Classe Gastropoda: É o grupo mais numeroso, entre lesmas, caramujos e caracóis, são, na maioria marinhos. Tem uma concha formada por uma única peça espiralada. Algumas espécies, como as lesmas não apresentam concha. Em geral, o pé permite a locomoção por rastejamento mas, dependendo da espécie, pode atuar na natação ou na escavação. O pé, tem um tipo de tampa calcária, o opérculo, que fecha a abertura quando o animal se retrai para o interior da concha. Na cabeça, há dois órgãos de equilíbrio, um ou dois pares de tentáculos e, em algumas  espécies, também existem olhos. O sistema digestório apresenta uma rádula. A cavidade do manto abriga as brânquias ou os pulmões.
  2. Classe Bivalvia: É achatado lateralmente, incluindo o pé. Adaptados a um modo de vida séssil, são filtradores e apresentam alguns órgãos e sistemas reduzidos. A rádula esta ausente e não apresentam olhos. Alguns podem ter ocelos em outras partes do corpo. A concha é constituída por duas peças.
  3. Classe Scaphopoda: Os escafópodes caracterizam-se pela concha tubular, aberta nas duas extremidades e ligeiramente curvada. Eles não tem olhos e apresentam pequenos tentáculos  que utilizam na captura de alimento.
  4. Classe Aplacophora: Grupo de moluscos desprovidos de concha. Podem apresentar espiculas ou escamas calcárias seretadas pela epiderme. Muitas espécies vivem enterradas em fundos arenosos ou lodosos dos mares. Outras vivem sobre cnidários, dos quais se alimentam.
  5. Classe Cephalopoda: Inclui alguns dos mais conhecidos moluscos: lulas, polvos, sibas e náutilos. A concha pode estar ausente, como nos polvos; ser interna e reduzida, como nas sibas e lulas; ou ainda ser externa e espiralada, como nos náutilos. A concha dos náutilos compõe-se de uma série de câmaras dispostas linearmente, das quais apenas a última, maior e mais nova, é habitada pelo animal. A cabeça dos cefalópodes geralmente apresenta um par de olhos bem desenvolvidos, e a boca é rodeada por uma coroa de braços ou tentáculos. Em muitas espécies, os braços são dotados de ventosas.
  6. Classe Monoplacophora: A concha dos representantes dessa classe é formada por uma peça única, que recobre dorsalmente, como um capuz. A cabeça é pequena, e os olhos, ausentes . Vivem nos sedimentos de águas profundas. A rádula é membranosa e bastante alargada.
  7. Classe Polyplacophora: Popularmente chamados de quítons, tem o corpo alongado e achatado, dotado de um pé bem desenvolvido. São exclusivamente marinhas, vivendo todas em profundidade. A maioria dos poliplacóforos é herbívora, mas algumas espécies alimentam-se tanto de algas quanto de pequenos invertebrados.
Referências:
https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1518&bih=691&q=moluscos+&oq=moluscos+&gs_l=img.3...968.3772.0.4136.11.10.0.0.0.0.398.1060.3-3.3.0....0...1ac.1.64.img..8.3.1046.z_RtOEGaKEs#imgrc=BWj26hcm98cSYM%3A
https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1518&bih=691&q=moluscos+&oq=moluscos+&gs_l=img.3...968.3772.0.4136.11.10.0.0.0.0.398.1060.3-3.3.0....0...1ac.1.64.img..8.3.1046.z_RtOEGaKEs#hl=pt-BR&tbm=isch&q=moluscos+estrtura+corporal++simples+&imgrc=c2ZkVCLAOxwP7M%3A
    https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1518&bih=691&q=moluscos+&oq=moluscos+&gs_l=img.3...968.3772.0.4136.11.10.0.0.0.0.398.1060.3-3.3.0....0...1ac.1.64.img..8.3.1046.z_RtOEGaKEs#hl=pt-BR&tbm=isch&q=moluscos+lesmas+carumojos+e+caracóis
    https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1518&bih=691&q=moluscos+&oq=moluscos+&gs_l=img.3...968.3772.0.4136.11.10.0.0.0.0.398.1060.3-3.3.0....0...1ac.1.64.img..8.3.1046.z_RtOEGaKEs#hl=pt-BR&tbm=isch&q=moluscos+mariscos+&imgrc=rPFQT0h_mSss6M%3A

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nematoides

Nematoides:


Os nematoides têm o corpo alongado e cilíndrico. A simetria é bilateral, com uma região anterior, cefálica, onde se localiza a boca. Seu corpo é recoberto por uma cutícula flexível, espessa e não ciliada; a musculatura da parede corporal é formada apenas por fibras longitudinais; e há uma cavidade corporal denominada pesoudoceloma.
A cutícula dos nematoides forma uma camada protetora e impermeável, que lhes possibilita viver em ambientes hostis.


  • Sustentação e locomoção:
A cavidade corporal ou pseudoceloma, corresponde ao espaço existente entre a camada muscular, de origem mesodérmica, e o tubo digestório, de origem endodérmica. É preenchido por líquidos corporais, onde se alojam os órgãos.
O conjunto formado ´pela parede corporal e pela cavidade preenchida por líquido, é chamado de esqueleto hidrostático. A musculatura, ao contrair, pressiona o fluido corporal, que não é compressível. A cutícula, desprovida de elasticidade, também oferece resistência ao movimento muscular. A ação dessas duas forças antagônicas, contração muscular, por um lado, e resistência oferecida pela cutícula e pelos líquidos corporais, por outro, é responsável pela sustentação do corpo.
Se locomovem por movimentos ondulatórios decorrentes da contração alternada de parte da musculatura.

  • Nutrição e digestão:
Podem se alimentar de fungos, algas, bactérias, material orgânico em decomposição e pequenos animais do solo. Os parasitas se alimentam da seiva das plantas vasculares, ou de conteúdo intestinal  e fluidos corporais de seus hospedeiros.
Possuem adaptações na região oral: espinhos, abas, dentes, mandíbula e outras estruturas. A boca se comunica com o esôfago muscular e este, com um intestino que termina em um ânus. Os nematoides, portanto, apresentam um tubo digestório completo.
As porções anteriores do tubo digestório secretam enzimas, e as partes posteriores realizam a absorção. A digestão inicial é extracelular, seguindo-se absorção de nutrientes e finalização da digestão intracelular.

  • Circulação, excreção e trocas gasosas:
A sua respiração ocorre através da superfície do corpo, por difusão.
Células excretoras retiram o excesso de toxinas e o excesso de água do fluido corporal. Os resíduos são eliminados por meio de um poro excretor ventral.

  • Reprodução:
A maioria dos nematoides apresenta sexos separados e fecundação interna. Após a fecundação, os ovos são eliminados pelo poro genital da fêmea.

  • Sistemas nervoso e sensorial:
Consiste em um anel que circunda o esôfago. Nervos longitudinais comunicam esse anel nervoso aos órgãos sensoriais da cabeça à extremidade posterior. Os órgãos sensoriais incluem receptores táteis e químicos. Alguns nematoides de vida livre tem ocelos.

  • Os nematoides e as doenças:
  • Ascaridíase:
Ascaris lumbricoides é um dos parasitas mais comuns no intestino de seres humanos. Cada fêmea produz, por dia, até 200 mil ovos, que são eliminados com as fezes do hospedeiro. A infecção por lombrigas pode causar dores abdominais, reações alérgicas, obstrução no intestino a até mesmo perfuração da parede intestinal. Lombrigas jovens podem migrar pelo tubo digestório e emergir pelo ânus, pela boca ou pelas narinas.

  • Oxiurose:
 Enterobius vermicularis  é o causador da verminose. Os vermes adultos vivem no intestino grosso. As fêmeas fecundadas, migram para a região anal, onde depositam seus ovos. Os ovos causam coceira e irritação, o que pode levar a pessoa a coçar a região anal e contaminar suas mãos. Roupas de cama e roupas íntimas também podem ficar contaminadas.


  • Ancilostomose:
Também conhecida como amarelão. Provocada pelo verme ancylostoma duodenale e necator americanos.
A infestação ocorre quando larvas microscópicas perfuram e penetram a pele em contato com o solo contaminado.
As larvas migram pela corrente sanguínea até o intestino, passando antes pelos pulmões, em percurso similar ao descrito para a ascaridíase.
No intestino delgado os jovens amadurecem. Os adultos reproduzem-se, e as fêmeas produzem milhares de ovos por dia, eliminados com as fezes.
Ao eclodir, os ovos originam larvas que vivem no solo úmido, se desenvolvem e podem contaminar outras pessoas.
Os adultos, tem uma estrutura rígida na boca, usadas na perfuração da mucosa intestinal. Com isso, podem sugar o sangue do hospedeiro do qual se alimentam.
Com a presença de muitos vermes no intestino, pode levar a ter anemia grave. Em crianças, as infecções mais sérias, podem prejudicar e comprometer o desenvolvido físico e moral.

  • Bicho-geográfico ou larva migrans:
Ancylostoma brazilliensis é o causador. Têm vida similar ao do amarelão, mas seus hospedeiros são gatos e cães.
As fezes desses animais contendo ovos de verme contaminam o solo e geram larvas diminutivas, capazes de penetrar não somente na pele de cães e gatos, como a de seres humanos.
No caso de infestação em humanos, porém, as larvas não conseguem atingir os vasos sanguíneos e permanecem migrando nas camadas mais internas da pele, formando linhas de contorno irregular e de cor avermelhada.

Referências: https://www.google.com.br/search?q=nematoides&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIpveDwuHixgIVwWw-Ch0twABc&dpr=0.9
https://www.google.com.br/search?q=nematoides&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIpveDwuHixgIVwWw-Ch0twABc&dpr=0.9#tbm=isch&q=nematoides+partes+do+corpo&imgrc=iHSu7Qlggo6sdM%3A

https://www.google.com.br/search?q=nematoides&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIpveDwuHixgIVwWw-Ch0twABc&dpr=0.9#tbm=isch&q=nematoides+ascaridiase&imgrc=ybRqqIY1yRbtPM%3A

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Platelmintos

    Platelmintos:
     


  1. Características gerais:
Apresentam simetria bilateral, neles se observa a tendência à cefalização. Possuem três folhetos embrionários, sendo, por isso, denominados triblásticos. Sua única cavidade corporal é o tubo digestório, são, portanto acelomados.

  •      Sistema digestório: Contém uma única abertura, a boca, que é usada tanto na ingestão de alimentos quanto na eliminação de materiais não digeridos. Como não existe ânus, o tubo digestório é dito incompleto.

Nas planárias, a boca situa-se ventralmente na região mediana do corpo. A faringe pode se estender para fora do corpo, como uma tromba, através da abertura da boca, e está ligada ao intestino, que têm três ramos
Nos platelmintos parasitas, a boca localiza-se, em geral, na extremidade anterior, e a faringe, embora musculosa, não é extensível. O alimento digerido pelo hospedeiro penetra por difusão pela superfície geral do corpo.
As células da parede intestinal secretam as enzimas que iniciam uma digestão extracelular. Os fragmentos nutritivos resultantes são fagocitados dentro das células.
  • Sistema excretor: Formado por um conjunto de túbulos ramificados que têm uma extremidade fechada; a outra se abre em poros na superfície corporal. As excretas difundem-se dos tecido para o interior dos túbulos. Nas extremidades fechadas desses túbulos, encontram-se estruturas em forma de bulbo e dotadas de um tufo de flagelos. A agitação desses flagelos auxilia na eliminação das excretas através dos poros.

    Sistema nervoso e sensorial: Nos platelmintos a tendência à cefalização pode ser observada na disposição do sistema nervoso, que consiste em um par de gânglios cerebrais localizados na extremidade anterior do corpo. De cada gânglio se origina um cordão nervoso longitudinal. Os dois cordões longitudinais são interligados por nervos conectivos.
  • Os órgãos sensoriais incluem ocelos, um grupo de células sensíveis À luz, localizados na região dorsal. Esses ocelos não formam imagens, apenas detectam a direção e a intensidade da luz.
Nas planárias se observa expansões nas laterais, as aurículas, nas quais as células sensoriais se concentram.


  • Sistema reprodutor: A maioria dos platelmintos é hermafrodita, mas realiza fecundação cruzada. Os órgãos reprodutores masculinos incluem um ou mais testículos, ligados por canais por uma vesícula seminal, e desta para um pênis. Os femininos consistem em um ou mais ovários, ligados à uma vagina por canais denominados ovidutos, esses que abrem-se no poro genital, que pode ser unido ou não ao poro genital masculino.

        2. Classificação dos platelmintos:  Os tuberlários, trematódeos e cestódeos.

  • Tuberlários: São as chamadas planárias, são de vida livre, tanto aquáticos quanto terrestres (neste caso vivendo em solo úmido). O corpo achatado é recoberto por uma epiderme ciliada rica em células glandulares que produzem muco.
Sua locomoção pode ocorrer por rastejamento ou natação. As planárias são sensíveis à luz e evitam locais iluminados. Elas são carnívoras, sua dieta inclui pequenos animais como insetos e outros vermes, além de protozoários e animais mortos e em decomposição. Elas envolvem o alimento, que fica preso em suas secreções mucosas. Em seguida, estendem a faringe e ingerem pequenas porções desse alimento.
Os nutrientes difundem-se da parede intestinal para todas as regiões do corpo. Não há sistema circulatório, mas as ramificações do intestino fazem com que os nutrientes cheguem, por difusão, a todas as células do corpo.
As trocas gasosas ocorrem pela superfície corporal.
São hermafroditas e podem se reproduzir tanto sexuada quanto assexuadamente. A reprodução sexuada ocorre por fecundação cruzada, isto é, envolve dois indivíduos. Cada um introduz o pênis no poro genital feminino do outro, com transferência de espermatozoides.
Após a fertilização, os ovos são envolvidos por uma cápsula, que é expelida e se fixa no substrato.
As planárias tem uma alta capacidade de regeneração. Dessa capacidade ocorre a reprodução assexuada, nesse processa ela sofre uma espécie de estrangulamento na parte da faringe, dividindo o corpo do animal em duas parte. As partes separadas se regeneram formando outro indivíduo.
  • Trematódeos: São todos parasitas, e a maioria vive no interior do corpo de vertebrados, grupo de grande importância médica e econômica, pois pode infestar diversos diversos animais.
Muitos deles tem um ciclo de vida que envolve dois hospedeiros. O hospedeiro intermediário e o hospedeiro definitivo. O hospedeiro intermediário é, em geral, um molusco, como um caramujo, é infestado por formas larvais, as quais se expandem por várias metamorfoses. Em alguns estágios larvais, as larvas podem se multiplicar assexuadamente, por isso um único membro pode originar um monte de novos outros.
Após abandonar o hospedeiro intermediário, o verme infesta o definitivo, no interior do qual o parasita se torna adulto e se reproduz assexuadamente. O hospedeiro definitivo dos trematódeos é, geralmente, um vertebrado,  como ovelhas, gado bovino ou seres humanos.

  •          Ciclo do causador da esquistossomose:
A doença é causada pelo schistosoma mansoni.
Conhecida como barriga d'água. Os adultos vivem nas veias do intestino grosso o schistosoma não é hermafrodita. Os machos são mais largos do que as fêmeas e possuem um sulco na região ventral, denominado canal ginecóforo. A fêmea é mais delgada e mais longa e vive alojada no canal ginecófogo.
Após a reprodução sexuada, os ovos são eliminados com as fezes. Caso atinjam lagoas ou represas, podem eclodir originando miracídios ciliados. Esses que penetram em caramujos. Frequentemente, uma parte dos ovos eliminados pelas fêmeas não atravessa a parede intestinal e permanece no interior do corpo do hospedeiro. A doença pode causar danos ao fígado (incluindo a cirrose) e ao baço, além de hemorragias.



  • Cestódeos: Conhecidos como as tênias ou as solitárias, tem o corpo achatado e longo em forma de uma fita e seus órgãos sensoriais são reduzidos. Não tem tubo digestório, vivendo no interior do intestino de vertebrados, eles absorvem todos os nutrientes já digeridos pelo hospedeiro.
A infestação por vermes adultos, chamada teníase, provoca emagrecimento, fraqueza, dores na barriga e outros sintomas.


  • As tênias e solitárias:
Na extremidade anterior do corpo dos cestódeos, situa-se o escólex, uma espécie de cabeça com ventosas e ganchos utilizados para a fixação na parede intestinal do hospedeiro. Posteriormente, hà uma série de segmentos reprodutivos, chamados de proglétides. Estas brotam de maneira comtínua no escólex, o que faz com que o corpo do verme cresça. As proglótides mais afastas do escólex são mais maduras, portanto , são capazes de produzir gametas.
A maior parte das tênias é hermafrodita. Cada proglótide possui um conjunto de testículos e ovários. Uma proglótide pode ser fecundada por uma outra do mesmo verme. A fecundação é interna, os embriões são envolvidos por cápsulas e expelidos com as fezes do hospedeiro. No solo os ovos embrionários permanecem viáveis por muitos meses.
Esses vermes possuem dois hospedeiros, o ser humano é o definitivo, suínos e bovinos são os intermediários.

  • Taenia solium, a tênia do porco:
O gado suíno pode ingerir ovos embrionários de tênia. As larvas,denominadas oncosferas, apresentam ganchos, utilizados para cavar passagens através da parede intestinal e atingir os vasos sanguíneos. Os ovos são carregados pela circulação e atingem a musculatura do porco.
Na musculatura, os ovos se desenvolvem em cisticercos, formas jovens e inativas que têm um escólex. Quando a carne infectada, crua ou mal passada, é ingerida por um ser humano, os cisticercos chegam até o intestino e o revestimento deles é dissolvido. O escólex então se fixa na parede intestinal e inicia a produção de proglótides.

  • Cisticercose:
Essa última pode ser bem perigosa para os seres humanos. A ingestão de ovos costuma ocorrer por meio de água ou de alimentos contaminados. Os embriões são liberados no intestino e migram através da corrente sanguínea. Cisticercos podem se formar em qualquer órgão, como nos olhos e no cérebro. Esse verme pode levar uma pessoa À morte.


Referências: https://www.google.com.br/search?q=platelmintos&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIldWtuazgxgIVk_2ACh1w1g5A&dpr=0.9


https://www.google.com.br/search?q=platelmintos&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIldWtuazgxgIVk_2ACh1w1g5A&dpr=0.9#tbm=isch&q=platelmintos+sistema+digest%C3%B3rio&imgrc=lTGTfmqxQRMs7M%3A

https://www.google.com.br/search?q=platelmintos&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIldWtuazgxgIVk_2ACh1w1g5A&dpr=0.9#imgrc=bHwuMf8ddvTKpM%3A

https://www.google.com.br/search?q=platelmintos&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIldWtuazgxgIVk_2ACh1w1g5A&dpr=0.9#tbm=isch&q=platelmintos+esquistossomose&imgrc=_2zLGgXcU4VjLM%3A
https://www.google.com.br/search?q=platelmintos&biw=1518&bih=691&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIldWtuazgxgIVk_2ACh1w1g5A&dpr=0.9#tbm=isch&q=platelmintos+tenia&imgrc=-AZ6r4JIcNFxMM%3A

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Cnidários

 Cnidários

Uma característica exclusiva dos cnidários é a presença de células urticantes, os cnidócitos, na superfície corporal. Essa característica faz com que esses animais fiquem conhecidos por causar qu
eimaduras em banhistas nas praias.

  1. Estrutura corporal:
É o primeiro grupo de animais a desenvolver tecidos verdadeiros, que se formam a partir de duas camadas de células germinativas embrionárias, a ectoderme e a endoderme. Por isso os cnidários são considerados diblásticos. Essas duas camadas formam ,respectivamente, a epiderme (camada externa) e a gastroderme (camada interna) dos adultos.
Entre esses dois tecido existe uma camada de material amorfo, a mesogleia, que é continua, mas mais espessa na região do corpo e mais fina na região dos tentáculos.
No interior do corpo, existe a cavidade gastrovascular , que se prolonga para o interior dos tentáculos, prolongamentos que circulam a boca.


    2. Tipos celulares:
Os cnidócitos podem ocorrer em toda a epiderme, mas são mais numerosos na região da boca e nos tentáculos. Essas células contém uma organela, denominada nematocisto, que consiste em uma minúscula capsula contendo um filamento enovelado em seu interior. Essa capsula é mantida fechada por um opérculo, estímulos tácteis ou químicos fazem o nematocisto disparar: o opérculo é aberto e o filamento é projetado para fora.

  • Pssuem duas formas: a de pólipo e a de medusa;
     3. Alimentação:
A maior parte das espécies de cnidários é carnívora. Os tentáculos envolvem a presa, e os cnidócitos descarregam toxinas. O animal capturado é, então, conduzido em direção à boca e ingerido.
  •  A digestão ocorre, inicialmente, na cavidade gastrovascular. As células glandulares da gastroderme secretam as enzimas digestivas que atuam sobre o material ingerido.
Muitos cnidários, especialmente os corais, capturam o alimento por filtração. Produzem uma camada de muco que cobre a superfície da colônia e atua como rede, capturando partículas nutritivas. O muco repleto de alimento é então levado até a boca pelos tentáculos e ingerido.

      4. Circulação, respiração e excreção:
Não dispõe de sistema respiratório. A distribuição de material nutritivo pelo corpo do animal ocorre através da cavidade gastrovascular. A parede corporal da maioria dos cnidários é muito fina: as trocas gasosas e a eliminação de excretas, especialmente amônia, ocorrem por difusão entre o corpo do animal e a água circudante.

    5. Movimentação:
Possuem células que provocam o alongamento ou o encurtamento das fibras do corpo, permitindo o rastejamento, além dos movimentos dos tentáculos e de abertura e fechamento da boca. A maioria dos pólipos consegue rastejar, e alguns até mesmo se deslocam dando cambalhotas ou nadando com a agitação dos tentáculos.

As medusas são capazes de nadar por um sistema de propulsão. A contração coordenada da musculatura do animal produz movimentos de pulsação, expulsando um jato de água que impele a medusa na direção oposta à da boca.

   6. Reprodução:
  • Reprodução por brotamento: Pólipos de muitas espécies se reproduzem por brotamento. O broto surge a partir de uma dobra da parede corporal e compartilha a cavidade gastrovascular do pólipo gerador. Após a formação d boca e dos tentáculos, o broto se destaca e origina um indivíduo independente.

  • Poliformismo reprodutivo: As medusas produzem gametas a partir de células da gastroderme e os liberam pela boca. A fecundação pode ser interna ou externa. O zigoto desenvolve-se em uma lava ciliada que se fixa e origina um pólipo que se reproduz por um tipo de brotamento denominado estrobilização, que da origem a inúmeras medusas jovens, estas crescem até a forma adulta fechando o ciclo.

Referências: https://www.google.com.br/search?q=reino+metazoa&biw=1366&bih=622&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMIrr-fpdrdxgIVxpENCh0ziw1c#tbm=isch&q=cnidarios&imgrc=CYgWBrIn0f19VM%3A

https://www.google.com.br/search?q=reino+metazoa&biw=1366&bih=622&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMIrr-fpdrdxgIVxpENCh0ziw1c#tbm=isch&q=cnidarios+movimantacao
https://www.google.com.br/search?q=reino+metazoa&biw=1366&bih=622&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMIrr-fpdrdxgIVxpENCh0ziw1c#tbm=isch&q=cnid%C3%A1rios+reproducao

Poríferos - primeiro animal

 
Filo: Porífera (esponjas)
  1. Organização corporal:
    Possuem uma cavidade interna, o átrio, que se comunica com o ambiente externo por uma abertura denominada ósculo, localizado na parte superior da esponja. Na sua parede corporal há diversos poros.
Há três tipos de estrutura entre as esponjas:
  • Asconoide: esponja parecida com um vaso. Os poros atravessam a parede e atingem o átrio;
  • Siconoide: parede corporal dobra-se sobre si mesma, cada dobra delimita uma pequena câmara na parede corporal;
  • Leuconoide: padrão de dobras mais complexo com inúmeras câmeras interligadas por canais.
      2. Tipos de células:
  • Porócitos: responsáveis pelo fluxo de água;
  • Amebócitos: responsáveis pela regeneração de partes da esponja que foram danificadas;
  • Pinacócitos: são as chamadas espículas, responsáveis pela proteção do animal;
  • Coanócitos: responsáveis pelo fluxo de água interno da esponja;
  • Escleroblastos: responsáveis pela reprodução das espículas.

      3. Sustentação corporal:
Espículas minerais e filamentos de proteínas fibrosas que auxiliam na sustentação do corpo.
-Colágeno forma uma rede, a espongina;
-Conjunto de espículas forma o esqueleto mineral da esponja.
    
     4. Circulação da água:
A água entra através dos poros que estão na parede corporal. O movimento da água é provocado pelo batimento dos flagelos dos coanócitos. Desde a entrada da água no corpo do animal, até saída ocorre desta maneira:

PORO -- ÁTRIO -- ÓSCULO
 
 
 
    5. Nutrição, excreção e trocas gasosas:
 
A água que circula para dentro do corpo das esponjas traz nutrientes dos quais elas se alimentam por filtração.
  • Digestão intracelular: a eliminação de resíduos alimentares não digeridos ocorre por exocitose;
  • trocas gasosas: realiza-se por simples difusão através dos coanócitos.
     6. Reprodução:
  • Assexuada: a grande capacidade de regeneração das esponjas permite que fragmentos de indivíduos se desenvolvam e tornem-se outros indivíduos, é o chamado brotamento;

  • Gêmulas: elas são agregados celulares com reservas nutritivas, essas células se diferenciam  das células da esponja mãe e saem da esponja.


 


 
 
 

Reino metazoa- segundo bimestre

Reino metazoa

  1. Origem dos animais:
  • Teoria simicial: Hadzi e Hamson (1950), protoctista, divisão do núcleo, sem divisão celular.
  • Teoria Simbótica: célula procariótica sofre invaginações e captura outras células que passaram a desempenhar papel de organelas.
  • Teoria colonial: Halckel (1875) protoctista ancestral flagelado: coanoflagelado (colonial) cooperação celular, divisão de trabalho.
Especialização celular, funções: somáticas ou reprodutivas.

     2. Características dos metazoários:
  • Eucariotos/multicelulares;
  • Cooperação celular;
  • Comunicação celular (química, elétrica, através de neurônios);
  • Colágeno;
  • Sensibilidade, adquirem a capacidade de perceber estímulos externos(neurônios);
  • Heterotrofia por ingestão;
  • Movimentos.
Referência da imagem: https://www.google.com.br/search?q=reino+metazoa&biw=1366&bih=622&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAmoVChMIrr-fpdrdxgIVxpENCh0ziw1c#tbm=isch&q=reino+metazoa+poriferos+cnidarios+platelmintos+nematoides&imgrc=2wx2rGv6-ko9EM%3A


Evidências que suportam a teoria colonial da origem dos animais:
  1. Células flageladas: células espermáticas;
  2. Células monociliadas: coanócitos;
  3. Células flagelados que evoluem para óvulo ou espermatozoide;
  4. Coanoflagelados: mitoconaria semelhante a dos metazoa.

Coanoflagelado (célula protoctista ancestral)
 
Divisão de trabalho
 
Comunicação e cooperação
 
Colágeno
 
Diferenciação celular
 
Multicelularidade morfogênese
 
Poríferos

sexta-feira, 27 de março de 2015

Antibióticos III

Antibióticos
Historia:
  O médico e bacteriologista Alexandre Flemnig, após fazer uma pesquisa sobre estafilococos identificou o primeiro antibiótico, a penicilina. A descoberta de Flemning não despertou interesses inicialmente e não houve a preocupação de utilizá-las para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da segunda guerra mundial, em 1939. Em 1940, Sir Howard Fleorey e Ernest Chain retornaram as pesquisas de Femnig e conseguiram produzir a penicilina para fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para medicina denominada a era dos antibióticos.
O que são?
  Antibiótico é o nome genérico dados as substâncias que tem capacidade de interagir com os microrganismos, matando-os ou inibindo seu metabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico combate-los com melhor eficácia.
  O termo “antibiótico” tem sido usado mais restrito para indicar substancias que atingem a bactéria, embora possa ser utilizado no sentido mais amplo. Ele pode ser bactericida, quando tem efeito letal sobre os microrganismos ou bacteriostático, se interrompe sua reprodução ou inibe seu metabolismo.
    As primeiras substancias eram produzidas por fungos, como a penicilina. Atualmente são sintetizados ou alterados em laboratórios farmacêuticos e tem a capacidade de impedir ou dificultar a manutenção de um certo grupo de células vivas.
   Onde agem?
  Os principais pontos de ação dos antibióticos são: a inibição da síntese do peptideoglicano da parede celular bacteriana, lesão da membrana plasmática e intervenção na síntese de ácido nucleico e proteínas.
  -Inibição da síntese da parede celular: A parede celular da bactéria é formada por peptideoglicano.A penicilina e outros antibióticos impedem a síntese completa dele e consequentemente enfraquece a parede celular e a célula sofre a lise.
-Inibição da síntese proteica: A biossíntese de DNA ,RNA e proteínas envolve um número de reações bioquímicas complexas. Vários antibióticos realizam suas ações inibidoras interferindo com as diversas etapas de síntese proteica, como as tetraciclina e rifacimina.
-Danos a membrana plasmática :Vários antibióticos, especialmente os polipeptídios, promovem alterações na permeabilidade da membrana plasmática. As polimixinas rompem os fosfolipídios destruindo a característica normal de permeabilidade da membrana, deixando escapar sustâncias essenciais das células, causando morte celular.
   Esses antibióticos que atacam a membrana, possuem uma castia lateral de ácidos graxos, esses que, quando alcançam a membrana plasmática, mergulham em sua parte lipídica e a porção básica permanece na superfície.
  Essa intercalada de moléculas provoca uma desorganização, resultando na saída dos componentes celulares e morte da bactéria.
-Toxidade seletiva :Matar ou inibir o microrganismo sem afetar o hospedeiro. Esta toxidade se baseia nas diferenças entre a estrutura e a composição química das células procariontes e eucariontes.
Como os antibióticos agem?
  Algumas bactérias especificas produzem compostos químicos maléficos ao nosso organismo que debilitam ou danificam o nosso corpo. Com o objetivo de matar essas bactérias, o nosso sistema imunológico produz a inflamação. A solução encontrada é tomar antibióticos para matar as bactérias e acabar com a inflamação.
  O antibiótico é um veneno seletivo, ou seja, ele foi escolhido pois mata o microrganismo desejado sem afetar a célula. Cada tipo de antibiótico pode inibir a capacidade de uma bactéria de formar a sua parede celular ou de transformar glicose em energia. Quando isso ocorre a bactéria acaba morrendo ao invés de se reproduzir. Ao mesmo tempo que isso ocorre o antibiótico só age sobre a bactéria (seu mecanismo de construção), deixando a célula humana intacta.

Referencias:
- Brasil escola;
-Invivo.fiocruz.br
-saude.hsw.uol.com.br.


Classe dos antibióticos

Classe dos antibióticos
1.      B-lactâmicos: Exemplos: penicilina, cefalosporinas, carbapenens, monobactérias.
atuação: interfere na síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana).
Como ela pode se tornar resistente:
·         produzir o B-lactÂmico ( mais eficiente e mais comum);
·         modificação das proteínas ligaduras de penicilina codificadas com o gene Mec a;
·         diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações nas proteínas.
2.      Quinolonas: Exemplos: levoflaxacina, gatifioxacina, moxifloxacia e gemifloxocia.
·         Atuação: inibe a atividade do DNA, girase ou tipoisomerase II, essa enzima essencial para a bactéria, torna a molécula DNA mais compacta. Ao inibir essa enzima a molécula de DNA passa a ocupar um grande espaço e suas "partes" livres determinam a síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas determinando a morte das bactérias;
·         Resistência: principalmente pela alteração na enzima DNA girase que passa a não sofrer ação antim
·         icrobiano, pode ocorrer por mutação dos genes que são responsáveis pela enzima alvo.
3.      Glicopeptídeos: Exemplos: vancomicina, tercoplamina e namoplanina.
·         Atuação: inibe a síntese de peptideoglicano, altera a permeabilidade da membrana citoplasmática e interfere na síntese de RNA citoplasmático;
·         Resistência: devido À alterações genéticas na bactéria e resistência (espessamento) da parede celular bacteriana, também À aquisição do gene Van A.
4.      Oxazolidinonas: Exemplos: renizolida.
·         Atuação: inibição proteica, mas em etapas diferentes inibidas por outros antibimicrobianos. Dessa forma não ocorre resistência cruzada com macrolídeos, esteptograminas ou mesmo amuglicosideos;
·         Resistência: atribuida ao mecanismo de mutação do gene.
5.      Aminoglicosideos: exemplo: estrepitomicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina, paramomicina e espectinomicina.
·         Atuação: liga-se à fração 3os dos ribossomos inibindo a síntese preteica ou produzindo proteínas defeituosas;
·         Resistência:alteração aos aminoglicosídeos, ateração na permeabilidade e modificação enzimática da droga.
6.      Macrolídeos: Exemplos: azitromicina, claritomicina, eritromicina, esperamicina, micocamicina e roxitromicina.
·         Atuação: inibe a síntese proteica dependente de RNA, através da ligação em receptores localizados na porção 5os, impedindo as reações de transpeptidação e translocação;
·         Resistência: diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano, alteração no sítio receptor 5os e inativação da enzima.
7.      Lincozamina: Exemplos: lincomicina e clidamicina.
·         Atuação: altera a superfície da bactéria facilitando a opozominação, fagocitose e destruição intracelular dos microorganismos;
·         Resistência: alteração no sítio receptor do ribossomo e mudanças mediadas por plasmídeos.
8.      Nitroimidazólicos: Exemplos: metromidazol.
·         Atuação: inativam e impedem a síntese enzimática das bactérias.
9.      Cloranfenicol: Exemplo: Cloranfecinol.
·         Atuação: se liga à subunidade 5os dos ribossomos, inibindo a síntese proteica da bactéria;
·         Resistência: através de plamídeos, alterações de permeabilidade. Mas o mais comum é produção da enzima acetitramsferase que inativa o composto.
10.  Estreptograminas: Exemplos: quinospristina e dalfanopristina.
·         Atuação: Inibe a formação das pontes pepdicais , resultando na formação de cadeias protéicas incompletas;
·         ResistÊncia: mecanismo mediado por plasmídeos, mecanismo enzimático relacionado à bomba de eflusoo.
11.  Sulfonamidas: Exemplos: sulfanelamida, sulfesoxazol, sufacetamida, ácido para-aminobenzóico, sulfadiazina e sulfametoxazol.
·         Atuação: Inibe o metabolismo de ácido fólico;
·         Resistência: Mutação levando a produção aumentada de ácido para-aminobenzóico. Proporcionadas por enzimas com pouca afinidade, também pode apresentar resistência.
12.  Tetraciclinas: Atuação: Bloqueio à ligação de RNA transportador, impedindo a síntese proteica;
·         Resistência: Diminuição da acumulação da droga no interior da célula.


sábado, 14 de março de 2015

Antibióticos II


Os principais pontos de ação dos antibióticos são a inibição da síntese do peptideoglicano da parede celular bacteriana, lesão da membrana citoplasmática e interferência na síntese de ácido nucleico e proteínas. Os antibióticos podem ser bactericidas (matam) ou bacteristaticos (impedem o crescimento).








-INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR: A parede celular da bactéria é formada por peptídeoglicano. A penicilina e outros antibióticos impedem a síntese completa dele, consequentemente enfraquece a parede celular e a celula sofre a lise.
-INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA: A biossíntese de DNA, RNA e proteínas envolve um número de reações bioquímicas complexas. Vários antibióticos realizam suas ações inibitórias interferindo com as diversas etapas de síntese proteica, como as tetraciclina, rifacimina, 
-DANOS Á MEMBRANA PLASMÁTICA : vários antibióticos, especialmente os polipeptídios, promovem alterações na permeabilidade da membrana plasmática. As polimixinas rompem os fosfolipídeos destruindo a características normal de permeabilidade da membrana, deixando escapar substâncias essenciais das células, causando morte celular. Esses antibióticos que atacam a membrana, possuem uma castia lateral de ácidos graxos, esses que, quando alcançam a membrana plasmática, mergulham em sua parte lipídica e a porção básica permanece na superfície. Essa intercalação de moléculas provoca sua desorganização, resultando na saída dos componentes celulares e morte da bactéria.
-TOXIDADE SELETIVA: matar ou inibir o microrganismo sem afetar o hospedeiro. Esta toxidade se baseia nas diferenças entre a estrutura e a composição química das células procarióticas e eucarióticas.





Antibióticos

Alexander Fleming era um médico microbiologista londrino do hospital St. Marys. Passou um longo tempo pesquisando substâncias capazes de matar bactérias entre o período da Primeira Guerra Mundial (1914-1914). Em 1928, sua descoberta ocorreu por acaso, quando saiu de férias e deixou suas placas de estudo com bactéria fora da geladeira; Foram acidentalmente contaminadas por um fungo do gênero penicillium. Fleming notou que ao redor destes fungos não existiam bactérias, o que o levou a descobrir a substância produzida pelo fungo, a penicilina.

(Alexander Fleming 1881-1955)

A produção da penicilina para fins terapêuticos em escala industrial se deu pelos cientistas britânicos Howard Florey e Ernst Chain em 1939 (na época da Segunda Guerra Mundial), que decidiram retomar as pesquisas de Alexander Fleming. Em 1945, os três cientistas ganharam o Prêmio Nobel de Medicina. 
Durante algum tempo, acreditou-se que os antibióticos decretariam o fim das mortes humanas provocadas por infecções bacterianas. Entretanto, atualmente, sabe-se que, de tempos em tempos, surgem novas bactérias resistentes aos antibióticos e, assim, esses medicamentos perdem o efeito.

(Graças a penicilina ele voltará para casa!)

O uso indiscriminado de antibióticos, tanto por médicos quanto por pacientes, contribuiu, em muito, para o aparecimento de bactérias super-resistentes. Os erros mais comuns que as pessoas cometem são tomar antibióticos para doenças não bacterianas, como a maior parte das infecções de garganta, gripes ou diarreias, e interromper o tratamento antes do prazo recomendado pelo médico.